quarta-feira, 16 de julho de 2008

Da noite restou o brilho da Lua

Havia música algures; havia sentimentos perto, muito perto; havia medo (e não era do escuro); havia a noite; havia luz; havia duas pessoas com ar perdido; havia um caminho para onde iam as duas pessoas, que eramos nós...
E a noite quis oferecer.nos o melhor: pintou a lua inteira de maneira a que a luz da rua parecesse o brilhozinho de um pirilampo, e desenhou estrelas que pareciam encomendadas, estavam novas, como se nunca ninguém as tivesse visto.
A noite decidiu que naquela altura não ia estar frio ou nós é que não sentiriamos o que estava fora do que éramos ali, imensos, não do tamanho da lua mas do tamanho do seu brilho!
E foram precisas palavras quando o silêncio acelerava o batimento, elas não existiam, e o batimento insistentemente aumentava.
Naquele momento, tive medo só de o sentir. Foi preferível ficar á espera que me mandasses fechar os olhos e pensar... Porque tu ainda estavas na dúvida se a resposta ia ser mesmo "sim". Quando a palavra soou, ouviu.se mais alto que o batimento e o teu sorriso mostrou.se maior que a lua.
Foi preciso o universo conspirara, foi preciso todo o tempo, foi preciso a lua insistir...
Houve uma lua; houve uma pergunta, um beijo; houve um abraço e uma frase tua memorável; houve uma data gravada; houve o mesmo caminho mas com atalhos para podermos escolher; houve tudo o que senti e que não serve como palavra para te poder dizer.
Naquele momento, e pela primeira vez, gostei mais da Lua do que do Sol. Se eu pudesse voltar a sentir isto, voltaria a preferir a lua, não teria medo e talvez falasse alto, para que as minha palavras pudessem ser ouvidas!
Mesmo assim, havia perfeição em tudo o que ali estava: eu; tu; a lua; as estrelas; o brilho e até o medo. Tudo o que de perfeito ali havia conduziu á maior perfeição: nós. Éramos nós ali, finalmente nós....

lost cat:

Tita*

12 de Julho de 2008