Senta.te e ouve o sussurrar deste silêncio, que por não ser ensurdecedor também não me deixa fechar os olhos. E se os olhos me pesam, os lábios continuam selados.
Fica na cadeira de baloiço e estende o olhar pela janela, sente a brisa que vem com o vento primaveril e imagina que lá fora é tudo como sempre quiseste.
Esquece todas as frases feitas, levanta.te e vai! Vai mesmo pela janela. (Porquê usar a porta se fazes questão de te esquecer sempre da chave?)
Depois procura.me, estarei junto ao lago, não para te encantar mas para te mostar que assim também é perfeito. Podes fazer uma pedra sobrevoar a àgua e com salpicos de luz no reflexo do lago, podes fazer.me sorrir. Podes escolher não ter relógio e usar as sombras que o Sol te dá para encaixotar todas as noites mal dormidas.
Baixa o volume dos pensamentos porque tudo isto acontece em silêncio.
Acorda e conta.me tudo o que sonhaste. Mas conta-me só com o olhar pois nunca poderemos perpetuar as palavras que queremos dizer porque irão parecer sempre de menos. E, por isso, o silêncio é sinfonia.
13.7.2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
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