segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Esbocei Sentimentos em papel milimétrico só para saírem Perfeitos

Ando de volta dos meus desenhos de palavras. Continuam em folhas de papel amassadas e nunca serão defenidos o suficiente para permanecerem intactos na sua arte.
Desenhei um arco.íris a preto e branco sem ser preciso jogar às escondidas com a chuva e o Sol e no fundo esbocei sentimentos em papel milimétrico só para saírem perfeitos.
Temos por hábito fazer coisas milimetricamente só para não termos que falhar nos espaços em branco. E se o erro existir, foi porque no cálculo final a incógnita tinha valor negativo.
Anulei todas as imagens: Há cenas que são construídas apenas pela banda sonora. Ouvirei sins em câmara lenta. Os sins aqui perdem a validade, terei que os ouvir em outras línguas para poder traduzi.los e demoli.loss lentamente.
Sou nómada de sentir e por isso não acredito em sins.
Adiemos o fim dos tempos mais um momento, são precisas as palavras certas, caso não cheguem, tudo terá sido em vão. O tempo é algo espesso que custa a passar sem uma banda sonora perfeita.
Existe em mim uma explosão de cores, palavras e sons que nunca se misturam. Cruzei todas as cores com melodias porque até os teus falsetes ouvi desafinados.
Comecei a minha história com uma equação que tinha raíz cúbica sem resultado encontrado.
O meu final era claramente feliz mas ninguém percebeu...

9-15 de Dez. 2010