sábado, 13 de dezembro de 2008

Já que acabou o Outono, vamos para o Natal

E lá vem o natal outra vez, mais luzes parvas nas ruas; mais pais natal em tudo o que é centro comercial, mais natais nos hospitais e prisões, mais record’s de sms’s; leopoldinas e popotas (como se já não fosse mau um hipopótamo gigante cor.de.rosa, agora ainda canta com o Tony Carreira...), aqueles chocolates que eu não digo o nome por causa da publicidade (tipo akeles k parecem ter borbulhas e os outros que têm as cerejas em licor) Música no Coração; Galas da tvi; aqueles filmes todos com neve pinheiros e doces e presentes (que só diferem no dia em que foram filmados, porque a história é sempre a mesma). Enfim o mesmo de sempre. Está tudo tão igual que basicamente uma pessoa pode viver apenas um Natal para perceber como vão ser os outros todos não é?
Depois aquela pergunta “o que gostavas de receber este Natal?”[ bué inconveniente. Não é suposto ser surpresa?!]
O Natal trata.s de uma forte distância entre a realidade e o k desejamos k ela fosse mesmo.
Esta distância acontece porque tentamos aproximarmo.nos do céu, por isso, o Natal não existe de verdade (ah já agr e o pai natal tb n ok?!) é apenas uma mania que as pessoas inventaram para não receberem prendas só no dia de aniversário.
O Natal parece uma estação do ano: já que acabou o Outono vamos para o Natal. (“meninos as 5 estações do ano são: inverno, primavera, verão Outono, natal”) pronto é um exagero meu, até porque só exitem 4 estações (agr vou procurar no meu “Magalhães” ktas estações existem) e como o Magalhães é um computador “muito á frente” (porque é um computador português fabricado nos Estados Unidos) vai aparecer uma explicação do género “existem 4 estações, mas com o avanço do aquecimento global caminhamos para apenas duas estações: o Inverno e o Verão---mas isto apareceria escrito “tipo á António Lobo Antunes”, ou seja, umas 30 linhas para dizer isto, que eu resumi em 2 ou 3). Mas se é para falar disto vou voltar ao Natal, porque é sensivelmente menos deprimente e só se fala dele uma vez por ano…

Ah Feliz Natal e um Próspero Ano Novo (daquelas frases que vocês nunca ouviram nem leram na vida)


E quanto ao que eu quero que o pai natal me embrulhe para este ano: nada.
Porque o pai natal não consegue embrulhar os presentes que quero!!


o primeiro video tem uma música de Natal que eu gosto, e que inclui o Jonnhy Depp
o video que vos apresento aqui ao lado é um video que eu adoro, que só passa na tv nesta época do ano

.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Caixa de música sem corda

Segue o preto e branco que te mostro a meia-luz.
Os realces de cores quentes fervidas no olhar esbatem os sentidos, e a tela parte. Lembrando um soar de violinos em si menor, em que a sonância parece um estilhaçar de cristais, desfazendo os mais ínfimos pedaços; descortinando uma luz intensa que se espelha na água, e por ser tão forte, não nos deixa ver
.
Surge a bailarina da caixa de música sem corda, que não sabia que a caixa não tinha corda e que já não tinha música, então continuava a dançar sem saber que também já não havia quem olhasse para ela; quem ainda ficasse fascinado com os seus passos. Mesmo assim, quando olhou para o que estava fora da caixa e viu que não existia nada, chorou. Mas não teve medo, e continuou a dançar com a mesma simetria, inventando novas melodias que acompanhassem os seus pés e o que sentia.
Criava as melodias sem letra que as conjugassem, pois não conseguia ter uma paixão própria em relação ao que era…
O seu medo de poder tornar.se egoísta era maior que o poder das palavras.
Por isso, sempre que usava sentimentos, escrevia em anamorfose.
Não era feliz mas o seu desejo de o ser era tão grande, que ficou convencida que era mesmo. Tornara.se então a pessoa mais feliz de todas. Sozinha, mas feliz. (Com se pudesse ser possível).
Um dia deixou de conseguir criar melodias e de mexer os pés. Deixou de existir, e como ninguém sabia da sua existência, não houve dor e sofrimento pela perda de algo.
Apenas a caixa sentiu, porque para além da corda e da música, também já não tinha a bailarina.

Tita
escrito em: 26 de Novembro de 2008